A onda de assaltos que ocorreu na última semana em Portugal é preocupante e coloca o nosso país como um dos menos seguros.
A estratégia dos assaltantes parece estar dirigida para as proximidades, no tempo e no espaço, de eventos importantes. Primeiro foi o assalto ao BPI em Viseu no início da semana, depois foi ao Museu do Ouro e Ourivesaria Freitas em Viana do Castelo a meio da semana e anteontem e ontem, respectivamente em Caminha e na coudelaria de Braço de Prata, ocorreram mais furtos.
Dois deles de impacto internacional devido à presença de pessoas famosas, políticos e milionários, atendendo ao risco em equação e ao stafe de segurança envolvido nas operações, não deviam ter acontecido.
A imagem que os jornalistas estrangeiros, em grande número para a cobertura dos eventos, ficaram do nosso país e que naturalmente vão referir nas reportagens, em nada será benéfica para o nosso país em termos gerais, mas muito especialmente no sector turístico.
O que no meu entender fascina e atrai os muitos turistas que nos visitam deve-se para além do clima ameno, ao ambiente calmo e sem sobressaltos que se vive no nosso país. Com estes acontecimentos recentes, certamente que teremos descido alguns lugares no ranking da segurança. Por outro lado, a descoordenação evidente, pelo menos ao nível da informação, com o ministro a vir afirmar uma coisa que na realidade não aconteceu, pondo em relevo o papel da forças de segurança e depois os responsáveis por essa coordenação virem dizer que o que o sr. ministro disse estava certo mas não era bem assim. Então em que ficamos e em quem devemos acreditar?
Se juntarmos a estes factos a recente suspeita, da presença da ETA em território português, chegamos à conclusão que Portugal já não é o paraíso de há uns anos e é preciso acompanhar a onda de violência e tomar medidas concretas e correctas para atenuar este mal.
Por agora foram só uns arranhões. Coisa de pouca monta, mas podem vir a ter grandes e graves consequências.
O povo português costuma dizer, "o seguro morreu de velho" e, " mais vale prevenir do que remediar ", confiemos na sabedoria popular e tomemos as medidas adequadas urgentemente.