Blog que retrata os acontecimentos do mar e porto de Viana e arredores, nos bons e maus momentos, dos pequenos aos grandes senhores.

10
Mar 07

                               Lancha de Pilotagem " Carvoeira do Mar"

Lancha de Pilotagem " Quebramar"

Vendo-se da esquerda para a direita, Chefe Agostinho, Piloto Martins, Mestre Zé e marinheiro João Carlos

Recordo, com nostalgia estas duas lanchas de pilotagem , que no início da minha actividade na Pilotagem no Porto de Viana do Castelo, tive o privilégio de pilotar.

A Carvoeira do Mar foi a primeira a ser construída nos Estaleiros da CARNAVE em Aveiro e já estava ao serviço em Viana do Castelo há algum tempo, quando ingressei no Departamento de Pilotagem do Porto de Viana do Castelo, como Piloto Estagiário, em 16 de Agosto de 1982. Tem o nome duma pedra da barra de Viana do Castelo, mas destinava-se ao porto de Portimão.

A Quebramar foi a segunda a ser construida e era destinada ao Porto de Viana do Castelo por ter um motor mais potente e mais tracção como rebocador, de forma a satisfazer uma carência que então se verificava no Porto de Viana, a falta de um rebocador versátil de apoio aos navios que demandavam a Doca Comercial.

Fui com o chefe sr. Agostinho Vieira e o mestre José Marques da Silva, de alcunha "o Marumba", aos Estaleiros da Carnave em Aveiro, buscar a lancha "Quebramar", mas devido às condições da barra de Aveiro não serem as melhores nesse dia, na opinião dos nossos colegas, tivemos de regressar a Viana do Castelo.

Fizemos a viagem de combóio. Saímos cerca das sete horas da Estação de Viana do Castelo com destino ao Porto, onde teríamos de mudar de combóio para Aveiro. Até ao Porto foi uma viagem em que o combóio parou em todas as estações e demorou cerca de duas horas e meia. Do Porto a Aveiro a viagem foi relativamente rápida, com uma pequena paragem na estação das Devesas em V. N. de Gaia.

Mais tarde fizemos nova tentativa para trazer a lancha "Qquebramar" para Viana, desta vez coroada de êxito, apesar de algumas peripécias. Era dificil conciliar a pilotagem com o transporte por mar da lancha e com as condições meteorológicas. Estavamos em fins de Setembro quando na costa ocidental de Portugal e especialmente na zona Norte se começa a fazer sentir alguma instabilidade em termos de ondulação prejudicando a navegação de uma embarcação de pequeno porte, como é o caso da lancha de pilotagem.

Desta vez não arriscamos a ir de combóio. Alugamos um táxi. O tempo era escasso e tinhamos de estar em Viana do Castelo no dia seguinte cerca das quinze horas para dar saída a dois navios no colo da preia-mar, não podia haver atrasos, de contrário os navios não saíriam, o que seria grave e da responsabilidade do Departamento.

Almoçamos em Aveiro e depois de contactarmos por VHF(aparelho de comunicação em Very High Frequency) com os nossos colegas da barra de Aveiro, largamos do cais da CARNAVE e rumamos para a barra. O colega Peixoto, piloto da barra de Aveiro que estava de serviço, habituado a sair e entrar inúmeras vezes nas mais adversas condições de tempo e mar, orientou-nos na saída, mas antes fizemos um compasso de espera aguardando pelo ensejo para zarparmos de Aveiro. Enquanto aguardavamos, recomendou-nos que fechassemos todas as portas e escotilhas por onde o mar pudesse entrar.

Avancem agora a toda a força. - Avisou ele e lá seguimos com o mar a partir pelo Norte e pelo Sul nos baixios que contornam a barra de Aveiro.

Esta é das grandes Agostinho! Avisava o Zé "Marumba", homem habituado e calejado nas lides do mar desde pequeno. Nasceram-me os dentes no mar,  costumava dizer em tom de brincadeira, mas desta feita não brincava porque a vaga era de respeito. Ainda mal tinha acabado a frase já uma montanha de água tinha desabado sobre a lancha, inundando tudo e escoando-se pela borda deixando um rasto de areia que trouxe consigo.

Agarre-se sr. Martins que lá vem outra, não fale agora! - Recomendava o chefe Agostinho, avisando-me, enquanto eu pousava no descanso o microfone do VHF e mal tinha tempo de me agarrar ao corrimão de acesso à casa da máquina.

Está tudo bem? - Perguntava o Peixoto pelo VHF. Ainda mal refeito do susto e a cambalear até ao microfone do VHF, lá respondi afirmativamente.

Já passaram o pior, daí para oeste está limpo, boa viagem e boa entrada em Viana. - Dizia o colega Peixoto. E lá rumamos alguns minutos em direcção Oeste até nos livrarmos dos baixios e sentirmos o mar mais calmo. O sr. Agostinho pegou no leme enquanto eu e o mestre Zé limpávamos a areia que as ondas deixaram no convés.

Revezamo-nos ao leme, navegando para Norte à vista da costa, até que por alturas do Furadouro fomos surpreendidos pela névoa e começamos a entrar por ela dentro como se estivessemos a entrar num túnel. A lancha, incompreensívelmente, não tinha sido equipada com radar.

E agora Agostinho? - inquiria o "Se Zé", como habitualmente o chefe o tratava, por ser mais velho que ele.

 Agora continuamos a navegar para norte, pode ser que a névoa se dissipe, veremos o que acontece. - Assim falava o chefe, piloto experiente da barra de Viana, com tarimba nos mares gelados da Terra Nova e Groenlândia.

Pode ser que seja do rio "Se Zé", (referia-se à névoa que normalmente se forma nas embocaduras dos rios) estamos perto da foz do rio Douro. -  Animava o piloto-chefe Agostinho. De facto, daí a um pedaço, estaríamos um pouco pelo norte de Espinho, começamos a encontrar à tona de àgua detritos diversos, pequenos pedaços de pau, sacos e embalagens de plástico, arrastados pela corrente de vazante do rio Douro.

Estou a ouvir uma sirene pela amura de Estibordo! - Disse eu, espevitando a curiosidade dos dois que assomaram à porta da lancha para escutar.

É o farol da Boa Nova, "Se Zé" proa nele, vamos para Leixões. - Assim ordenava o chefe , enquanto conversava comigo acerca da decisão a tomar, se dormirmos em Leixões ou seguirmos para Viana.

Falamos com os Pilotos de Leixões, com o Comandante Barraca, chefe do Departamento de Pilotagem dos Portos do Douro e Leixões, que nos ofereceu dormida nas instalações do Departamento e nos recomendou uma pausa para descanso. Aproveitamos para fazer alguns telefonemas para Viana a indagar da situação dos navios com saída prevista para o dia seguinte e se entretanto alguma agência anunciara movimentos. Tivemos que fazer vários telefonemas para as agências, por não haver outro contacto possível.

Convém referir que no Departamento de Pilotagem do Porto de Viana do Castelo não se encontrava ninguém, porque estavamos os três e únicos elementos a bordo da lancha. Nessa altura o Departamento não tinha funcionário administrativo, o que só viria a acontecer muitos anos mais tarde, em 1990 quando  foram inauguradas as novas instalações.

No dia seguinte, ainda persistia a névoa do rio, mas o tempo urgia, era necessário partir para chegar a tempo da maré a Viana. Por sugestão de um piloto de serviço, que não me ocorre o nome, seguimos na popa da lancha dos pilotos de Leixões, que ia levar piloto a um navio de entrada, porque pelo Norte o tempo estava claro.

Quando saímos do "túnel"de nevoeiro, o tempo estava radioso com o mar sereno e navegamos a toda a força até Viana com a costa à vista, encurtando caminho passando por cima dos baixos da Eira, situados ao sul do Porto de Viana do Castelo,(não recomendáveis passar em situações de mar e tempo adverso, especialmente dos quadrantes Oeste e Norte) mas o mar estava calmo e o tempo escasseava para dar saída aos dois navios.

Quando chegamos ao costado dos navios para verificarmos o calado (parte do navio submersa), operação rotineira do piloto, constatamos que os dois navios apresentavam maior calado que o previsto, o que complicava a saída dos dois navios pelo mesmo piloto, o sr. Agostinho (eu era ainda estagiário e segundo o regulamento não podia nem devia efectuar serviços).

Ó sr. Martins, é capaz de sair com o "Musquetier II"? - Perguntou o sr. Agostinho, espectante.

Claro. Não tenho problema (eu  estava há mês e meio a tirocinar,  mas já efectuava algumas manobras com a supervisão e acompanhamento dele), vamos a isso.

Então vamos fazer assim, eu vou na sua frente e você larga depois de mim. - Assim procedi e foi desta forma que pilotei o primeiro navio sózinho muito antes de terminar o estágio.

 

 

publicado por dolphin às 20:13
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O Centro Social e Paroquial de N. Sra de Fátima dispõe de uma Biblioteca que foi inaugurada em 10 de Novembro p.p ., pelo  sr . dr . Euclides Rios, em representação da Câmara Municipal de Viana do Castelo, tendo como promotor o sr .  Pe . Artur Coutinho.  

O acervo da Biblioteca é composto por cerca de seis mil monografias das quais duas mil quatrocentas e vinte e cinco estão catalogadas, disponíveis para empréstimo.

No dia de ontem, pela primeira vez um utente da Biblioteca requisitou dois livros  por empréstimo, são eles um livro de poesia da poetisa e amiga do Centro, falecida há menos de um ano, Linda Martins - Tu e Eu e o outro o primeiro volume da História Universal de Alexandre Herculano.

Saúdo  a amiga Maria José Coutinho Sá Novo Gonçalves, utente nº 28 pela requisição dos primeiros livros da Biblioteca.

publicado por dolphin às 00:23
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08
Mar 07

Os correios de Portugal estão a fazer um esforço para se modernizarem e acompanharem a evolução rápida que se verifica com a introdução de novas tecnologias.

Sempre tive a noção que o atendimento aos balcões das estações dos correios era mau, despersonalizado, pouco simpático, arrogante, como quase todos os serviços públicos, onde parece que os funcionários nos estão a fazer um favor, quase sempre mal humorados, salvo raras excepções.

São para além disso, serviços demorados, originando extensas filas. Talvez para obviar este estado de coisas, em determinada altura resolveram introduzir máquinas para fornecimento de selos. Acontece que quase sempre, pelo menos para mim, essas máquinas estão fora de serviço. Tenho chamado à atenção para o facto, mas a resposta é sempre evasiva e nunca é da responsabilidade dos correios, mas da manutenção.

Recentemente, introduziram um sistema de ordenamento do atendimento, como aliás já o fazem a maioria dos bancos e outros serviços públicos. Há dias entrei na estação da Avenida dos Combatentes  da Grande Guerra em Viana do Castelo para comprar um selo normal para uma carta normal. Primeiro tentei as máquinas, a exterior estava fora de serviço, a outra que existe à entrada, só dá troco em selos. A solução é pôr-me na fila, pensei eu, subi as escadas e dirigi-me ao balcão da loja da frente. A funcionária, que conheço de vista, aconselhou-me a tirar uma senha e aguardar pela minha vez. Olhei à volta a ver se descobria alguma indicação acerca da medida, indicando o que fazer e o local do tomador das respectivas senhas. Nada a indicar, é normal, quem quiser que procure. Tirei a senha e aguardei pela minha vez.

Hoje, voltei à mesma estação, tirei a senha e aguardei. Enquanto esperava apercebi-me que no balcão  da loja de entrada estava a mesma funcionária que da outra vez me chamou à atenção para eu tirar a senha e aguardar. Para espanto meu, essa funcionária atendeu primeiro uma senhora que não tinha senha e de seguida um senhor que entretanto havia escolhido alguns livros na loja. Para maior espanto ainda, a funcionária de atendimento pede a outra funcionária, provavelmente da limpeza, que se encontrava dentro do balcão, para ir ao tomador de senhas tirar duas senhas.

A  suposta funcionária da limpeza, dirigiu-se ao tomador de senhas tirou uma senha para um senhor que estava em dificuldades em tirar a senha adequada e tirou mais três senhas de "atendimento geral" seguidas e foi levá-las à colega dizendo: - tirei mais uma. A outra respondeu Não faz mal, fica para quando precisar.

Isto passou-se na minha frente e na presença de mais pessoas entre elas o senhor que estava a pagar os livros e precisava de senha. Lamento que uns dias em antes a mesma funcionária teve um comportamento diferente exigindo, e bem, que eu tirasse a senha e fosse atendido na minha vez e agora agisse desta maneira ludibriando, ela própria, o sistema, quando devia construtivamente elucidar os clientes a seguir as orientações superiores que naturalmente pretendem uma melhoria dos serviços que prestam.

Hoje os funcionários públicos acordaram confrontados com a notícia das avaliações de desempenho e outras penalizações e quebra de regalias. Costuma-se dizer que quem não deve não teme. Os funcionários cumpridores e responsáveis não devem temer estas medidas que são necessárias para melhoria e modernização dos serviços públicos, ao contrário, aqueles que fazem de conta que cumprem, esses naturalmente estão apreensivos e amedrontados. Terão que mudar de atitude para bem de todos. 

 

publicado por dolphin às 18:52

06
Mar 07

Foi tirada na FOTO SOUSA, com estúdio ao cimo da feira, como habitualmente estava escrito na publicidade do estúdio fotográfico. Lembro-me perfeitamente desta passagem da minha vida. Naquele tenpo, meados do século passado, as famílias iam aos fotógrafos tirar fotografias a toda a família para enviar a parentes e como recordação.

Na minha terra, esse acontecimento era no dia da feira dos 9 ou 23, datas da feira quinzenal, quando a maior parte dos elementos da família vinha à feira. Aí se encontravam e depois de um petisco(enguias ou solha frita com fogaças de pão de Ul) nas barracas de comes e bebes, como se dizia, ia-se para o fotógrafo tirar fotografias.

Por esta altura, cerca de 1958, estava eu com os meus onze anitos, frequentava o 1.º ano do liceu, no Externato Cambrense em Vale de Cambra e recordo-me que precisava tirar fotografias para apresentar no colégio. Os meus pais aproveitaram a ocasião para tirarem fotografias à família.

Antes da fotografia havia que preparar as pessoas, penteá-las, maqueá-las para estarem bonitas para a imagem. O senhor Alberto Sousa, irmão do outro fotógrafo, o senhor Manuel Sousa da Foto Central na Avenida principal, era exigente, principalmente com as crianças que por norma se aborreciam por estar tanto tempo quietas.

Ólhó passarinho, dizia ele no intuito de nos manter atentos e lá vinha dar mais um jeitinho na cara dum e pôr mais de lado outro. Assim está melhor, ólhó passarinho, já está. Respiravamos de alívio e pedíamos autorização ao pai para ir brincar para o jardim da residência do senhor Sousa, enquanto o pai, a mãe e a avó (que fazia questão de pagar as fotografias), conversavam com o fotógrafo de quem eram amigos e combinavam a data de levantar as fotos.

publicado por dolphin às 15:09

05
Mar 07

Hoje recebi uma carta amiga de um amigo  de longa data que já não via há muito tempo e que, por coincidência, vim a encontrar no último encontro do Clube de Oficiais da Marinha Mercante, que se realizou em Ílhavo - berço de marinheiros, especialmente  oficiais.

Da última vez que nos encontramos, foi há 25 anos quando vim para os Pilotos da Barra de Viana do Castelo e o meu amigo representava uma empresa que estava a construir dois pesqueiros nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo - o Verdemilho e o Vista Alegre, este com o nome da terra dele.

Antes de falar da carta, convém dizer que o meu amigo e colega é um poeta nato. A rima sai-lhe fluentemente e isso mesmo esta carta me fez recordar os bons-velhos tempos dos idos de setenta em Moçâmedes. Referiu-me que ainda não perdeu a veia poética. Admiro essa juventude de espírito e desejo que assim continue por muitos e bons anos.

Falando da carta, trata-se de um escrito em verso que encontrou nas recordações que trouxe do seu antigo navio que comandou durante longos e bons anos nos mares da África do Sul, aportando a Moçâmedes para a descarga do pescado para os frigoríficos da ARAN - Associação dos Armadores de Angola.

É uma peça literária enigmática, pelo conteúdo caricatural dos intervenientes, os colegas capitães dos outros navios que nessa altura - anos setenta - operavam naquelas paragens dos mares da África do Sul. Somente alguém dotado de muito sentido de observação, perspicácia e veia poética, pode descrever tão fielmente o perfil dos companheiros de aventura marítima, sem ferir a sensibilidade e enaltecendo sempre as qualidades de cada um.

Parabéns "Almirante", por me ter feito recordar esses tempos maravilhosos que passei nessas paragens, em especial na bela sereia - Moçâmedes - porto de abrigo que nos ajudava a esquecer os maus tempos que passávamos no mar e nos dava ânimo para continuar a nossa faina.

 

publicado por dolphin às 21:33

04
Mar 07

O JN aborda hoje, no caderno Minho-Viana do Castelo, o despertar das populações desta região para os diários on-line (blogs) e o crescimento e interesse pela internet.

No meu blog de ontem, mencionei o facto do meu interesse pela aprendizagem pelas novas tecnologias e dava os parabéns à FDTI por me ensinar a trabalhar com estas tecnologias.

Espero não vir a ser um ciberdependente , como refere a jornalista Virgínia Alves, noutra parte do jornal. É uma adição análoga às outras substâncias, apresentando os mesmos sintomas de mal estar, ansiedade, angústia e falta de controle em uso.

Nos Estados Unidos, onde  a doença apresenta contornos preocupantes e em elevado número, já foi criado um centro para apoiar esta disfunção psíquica e que possui uma página de apoio na Web - www.netaddiction.com .

Em Portugal desconhece-se ainda o impacto que tem e não existe nenhum organismo de apoio à doença. Seria bom que se começasse a pensar nisso atempadamente, implementando medidas preventivas especialmente nos grupos de risco, as crianças, os jovens e os profissionais desta área .

Para saber se é dependente, o site do Centro para a Recuperação da Dependência, disponibiliza um teste de dependência da Internet, constituído por 20 perguntas tipo.

Esperemos que a utilização da internet, sirva para nos enriquecermos e não para nos empobrecermos. 

publicado por dolphin às 13:10

03
Mar 07

Este blog é possível graças a este organismo, especialmente à formadora deste curso, Liliana Matos que ministra esta formação aos alunos da Academia Sénior.

Quando há um ano atrás, o CER (Centro de Estudos Regionais) em parceria com outras instituições, resolveu encetar esforços para a formação de uma Academia Sénior, recebeu do FDTI (parceiro) uma oferta de um curso básico em informática. Inscrevi-me e desde aí tenho aderido às formações que se seguiram e que  têm sido muito úteis e instrutivas para mim.

Acabo de ler no Jornal de Notícias de hoje que há um ano um curso remunerado de informática para jovens, patrocinado pelo Governo em colaboração com o FDTI  não teve candidatos suficientes para arrancar e este ano outra acção de formação idêntica tem apenas dois candidatos. É preocupante esta situação como diz a delegada distrital, que não encontra explicação para este fenómeno.

Por outro lado, regista com agrado, a acção de formação que está a ser ministrada a cerca de 80 alunos da Academia Sénior, com idades para além dos 60 anos, realçando o interesse e vontade que manifestam. Como explicará este fenómeno?

 Pela minha parte, posso referir que sempre tive interesse pelas novas tecnologias em qualquer área, em especial pelas da informação. A possibilidade de contactar com outras pessoas sempre me fascinou. Por outro lado o tempo disponível que disponho actualmente, aliado à necessidade de estar actualizado e ter a mente sempre activa, são alguns dos motivos que me impeliram para este curso, que tem sido muito gratificante e enriquecedor.

Parabéns FDTI .

 

publicado por dolphin às 17:02

01
Mar 07

No caminho que habitualmente faço para a Praia Norte deparei com dois ciclistas, devidamente equipados,(fiquei na dúvida se eram profissionais) a circularem no passeio e obrigarem duas senhoras idosas a desviarem-se para eles passarem.

Outra situação com que sou confrontado quase diáriamente no balneário do ginásio que frequento, tem a ver com pessoas que, além de saírem do banho a escorrer àgua até ao vestiário, utilizam as instalações desse vestiário ocupando espaço equivalente ao de três pessoas.

Donos do mundo são todos aqueles para quem os outros não contam, só eles teêm direitos. Cada vez mais assistimos a este egocentrismo latente na maioria das pessoas, o próximo não conta, não existe, que se lixe, dizem. Por vezes se confrontados com uma observação correcta e construtiva respondem mal, ameaçam até.

Veja-se por exemplo o que está a acontecer com a violência dos alunos aos professores e, o que é mais grave ainda, dos pais e familiares que desta forma dão um péssimo exemplo.

Que mundo estamos a construir? Naturalmente um mundo violento e agressivo, sem espaço para a solidariedade e amizade, um mundo onde impera a lei do mais forte, porque não há regras e, havendo-as, ninguém as respeita e o que é mais grave ainda ninguém de direito as faz respeitar. Vivemos num mundo caótico, sem príncipios éticos, morais e espirituais.Neste materialismo e consumismo em que vivemos , não há tempo para pararmos para pensar.

Será correcto interrogarmo-nos: - onde vamos parar? Certamente ao abismo !...

 

 

 

 

publicado por dolphin às 19:08

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