A ALFÂNDEGA DE VIANA
Edifício da Alfândega de Viana do Castelo
Segundo M. A. F. Moreira no livro - A Alfândega de Viana e o Comércio de Importação de panos no Séc. XVI - [ Por sua vez Viana e Caminha estiveram unidas muito tempo, nascendo daí a designação de " Viana de Caminha", atribuída à primeira. A Alfândega de Viana é das mais antigas do Noroeste. Já existia em 1402, altura em que D. João I lembrou aos oficiais a obrigatoriedade de despacharem com brevidade...]
Antigo cais da Alfândega
Mais adiante o mesmo autor escreve relativamente à construção do edifício, [Em relação a Viana é sabido que também o referido Marquês ( de Vila Real) possuía casa de Alfândega, situada na rua do mesmo nome, onde eram recolhidas a dízima velha e nova do pescado, como a portagem, que o dito rei, naquela data, havia feito mercê, " ressalvando tam somente para nós as sisas gerais e dízimas da nosa allfandegua". A construção do edifício da mesma deve ter sido realizada na década de 30 de quinhentos, pois, em 1537 o município vianense alimentava demanda, na corte de D. João III, contra o referido Marquês, enviando a Lisboa Rodrigo Álvares, munido de vários autos a fim de impedir a construção da mesma. Estas duas alfândegas do Marquês desapareceram por volta de 1643, a quando da inclusão dos bens daquela família nobre na Casa do Infantado]
Anfiteatro construído nos terrenos conquistados ao rio Lima - em primeiro plano lajes do antigo cais da Alfândega
Armazém da Alfândega - anexo à Alfândega
Ainda sobre o edifício refere, [ As alfândegas funcionavam em edifícios próprios. A aduana de Viana tinha assento extra-muros, entre as portas do Postigo e da Vitória, virada para o rio, em local que ainda hoje serve idêntica finalidade. Sabemos que o edifício, construído empleno séc. XV, se tornou exíguo, mais tarde, na época de seiscentos, devido ao movimento de açucares brasileiros. Na verdade, " por a alfândegua ser piquena, se metem os asuqres em lojas abriguados"]