Segundo o Grande Dicionário Enciclopédico, MALABAR refere-se à costa ocidental da Índia, que em finais do Século XVII, se estendia desde o cabo Camorim, a sul, até ao monte Deli, segundo o cronista Fernão Lopes de Castanheda.
Dos reinos do MALABAR, o mais poderoso era o de Calecute, que frequentemente tentava afastar os portugueses dessa costa.
A frota de Vasco da Gama chegou aquelas paragens em 1498 quando da descoberta do caminho marítimo para a Índia. Desde logo o samorim de Calecute tentou afastar os portugueses, mas o Vice-Rei da Índia Duarte Pacheco Pereira ao derrotar os exércitos do samorim de Calecute, possibilitou a permanência lusa no Malabar.
Afonso de Albuquerque arrasou o comércio de Calecute, conseguindo em 1513 estabelecer pazes favoráveis e construir no local uma importante fortaleza-feitoria.
Foi curta a permanência dos portugueses em Calecute, sendo a primeira possessão que os portugueses perderam na Índia em 1525, tendo mais tarde, no Século XVII os ingleses edificado uma feitoria no local.
Actualmente faz parte do território da União Indiana. A principal riqueza do malabar assentava na pimenta, e menos no gengibre e na canela.
Malabarismo, (de malabar). s. m. Prática de jogos malabares. Também se diz quando queremos referir-nos a coisas difíceis e engenhosas ou a manigâncias ou manobras.
O MALABAR foi um vaso de guerra francês que efectuou uma visita de cortesia ao porto de Viana do Castelo e região do Alto Minho em 25, 26 e 27 de Julho de 1986, a convite do Cônsul Honorário de França nesta cidade o sr. José Augusto Lima de Matos.
Tive ensejo de lhe dar entrada para o cais do novo Porto Comercial, na margem esquerda do rio Lima, e saída para o mar com destino a França.
Era um rebocador moderno com 51 metros de comprimento, sob o comando do Capitão de Fragata Mr. Benoit, com uma tripulação de 40 Oficiais, 15 sargentos e 15 marinheiros.
A exemplo de visitas anteriores de outros navios da Marinha de Guerra Francesa, foi proporcionado ao comandante e tripulação, um vasto e bem elaborado programa, delineado pelo sr. José Lima de Matos, com visitas aos concelhos dos vales do Lima e Minho.
O comandante e oficiais, retribuíram com um cocktail a bordo do Malabar, às autoridades civis e militares.
Na saída para o mar o comandante Benoit teve a amabilidade de me oferecer um porta chaves do navio, em prata, que guardo como recordação.