Esta manhã entrou no porto de Viana do Castelo o navio de passageiros «Minerva» numa visita curta de algumas horas.
Arredado das lides marítimas há alguns anos, mantenho ainda o «bichinho» que, quando vejo um navio a manobrar, não resisto à tentação de tirar umas imagens para mais tarde recordar.
Faltava-me a máquina que por hábito costumo trazer no carro para registar acontecimentos, pessoas, paisagens, etc., que me chamam à atenção. Na falta dela serviu o telemóvel com o qual tirei as imagens que vos mostro e que não são de grande qualidade mas servem para ilustrar o texto que escrevo.
Enquanto tirava as fotografias lembrei-me duma ideia antiga que me ocorreu, ainda Leixões nem sonhava com os cruzeiros e o terminal, precisamente quando o navio «Funchal» veio em visita a Viana do Castelo. Já lá vão mais de dez anos, seguramente.
A ideia era simples e viável. Incentivar a vinda de pequenos paquetes, até 180 metros de comprimento, durante os meses de Verão, numa parceria de autoridades portuárias, municipais, regionais, envolvendo os agentes de viagens o turismo e o comércio, numa operação integrada.
As potencialidades são muitas, precisam de ser bem divulgadas e exploradas. Numa primeira fase pode ser aproveitado o cais comercial para arranque do serviço. Posteriormente, e num curto prazo, (1, 2 anos no máximo) a construção de um cais na margem direita, como estava previsto no projeto inicial do porto de Viana do Castelo.
Viana do Castelo merece e precisa que o poder central e as autoridades regionais e locais se interessem pelo aproveitamento das potencialidades existentes em belezas naturais, gastronomia, arquitetura, arqueologia e qualidade ambiental.
As carências da região, a todos os níveis, teem de ser olhadas na perspetiva de melhoria de vida das populações locais, sem a qual não é possível fixar as pessoas a que o êxodo para outras paragens vai cada vez mais empobrecendo.
Leixões está a ser dotado de um terminal de cruzeiros que vai custar mais de cem milhões de euros, Portimão vai aumentar o cais para receber mais navios de cruzeiros e em Lisboa vai ser feito um monumental terminal de cruzeiros em Santa Apolónia.
Um cais na margem direita do rio Lima, (na zona do atual pontão de embarque/desembarque dos «ferries») simples e aberto, para deixar as correntes fluirem livremente, não seria muito dispendioso.
Apelo a todos, em especial às autoridades interessadas no desenvolvimento sustentado desta bela região (Alto Minho) para que deem as mãos e, paralelamente à implementação deste serviço, exijam ao poder central a feitura desse cais que há muito devia ter sido construído.