O rio Lima (Limia para os espanhóis) nasce na aba ocidental da serra de S. Mamede, na fonte Talariño.
Esta foi a conclusão a que cheguei no dia 20 de Janeiro de 2008, quando resolvi comemorar os 750 anos do foral de D.Afonso III, com a subida à nascente do rio Lima, numa romagem às origens.

Local onde foi encanada a água para a aldeia

Córrego por onde a água escorre
Não foi fácil a descoberta do local. Após duas tentativas, só à segunda consegui encontrar um aldeão do pueblo de Paradiña que me explicou que a nascente do rio estava canalizada para abastecimento da aldeia e a origem resumia-se às sobras que no Inverno transvazavam e escorriam pelo córrego que se formou ao longo de milénios.

Um rego d'água
Na aldeia rural do Couso, cerca de um quilómetro para jusante, fruto das escorrências de várias nascentes que dos pequenos córregos confluem, o Limia é já um rego de água significativo, para, no sopé da serra, no encontro com a planície, se transformar num rio com um caudal que lhe permite vencer a imensa planura com cerca de 20 quilómetros de extensão até à ponte de Liñares, onde começa a apertar o cerco montanhoso que daí até Ponte da Barca o transforma num rio de montanha, para voltar a ser novamente um rio de planície até à foz.

Um rio com um caudal que lhe permite vencer a planura

A imensa planície com cerca de 800 Km2

Embalse de las Conchas
Lamento que não haja uma indicação precisa do local. Estamos em ano de comemorações, talvez não fosse má ideia, com a anuência das autoridades locais espanholas, colocar uma indicação da origem do rio que vem desaguar na nossa cidade depois de ter percorrido cerca de 170 quilómetros.