MISCELÂNEA DE TEMAS
Ao longo do tempo fui pintando quadros diversos, uns a pedido, outros por desejo pessoal. Os primeiros destinados a oferecer a familiares ou amigos que me pediam para pintar um determinado motivo que gostavam ver representado; os segundos por que naquele momento me apeteceu pintar esse motivo. Os quadros que apresento são pois uma miscelânea de temas.
QUADRO 14
NUDEZ
Óleo s/tela - 60X80
2003-04-08
A minha filha um dia manifestou-me o desejo de ter no quarto um quadro representando uma mulher nua e eu fiz-lhe a vontade. Encontrei numa revista esta foto a preto e branco e " colori-a" à minha maneira oferecendo-lhe este quadro que ela gostou.
QUADRO 15
TRAINEIRAS
Óleo s/tela - 60X82
2003-04-09
Sempre me fascinaram os reflexos das coisas na água. Os objectos adquirem formas bizarras e estranhas quando reflectidos no espelho de água que, conforme a quietude ou turbulência, dão um efeito abstracto que me entusiasma e atrai.
QUADRO 16
CONTRALUZ
Óleo s/tela 60X40
2003-04-10
O pôr do sol, as cores amarelo-alaranjadas do fim de tarde, a contra-luz, as sombras do crepúsculo, as tonalidades metálicas do céu, são elementos da natureza que me impelem e estimulam, não resistindo a uma pintura.
QUADRO 17
CHAFARIZ
Óleo s/tela(espátula) - 61X46
2003-05-10
Uma vista da minha terra do miradouro do Côvo, foi a paisagem que me despertou interesse para praticar a técnica da espátula que penso consegui dar forma.
QUADRO 18
ESFORÇO
Óleo s/tela - 60X40
2003-07-15
O trabalho duro dos homens do mar está representado neste quadro que visualizei no cortejo etnográfico das Festas da Romaria da Senhora D'Agonia em Viana do Castelo e que ofereci ao meu irmão.
QUADRO 19
PEIXES DELICADOS
Óleo s/tela -80X60
2003-10-15
Quando o meu filho era criança, montei-lhe um aquário de peixes tropicais de cores exóticas que ele adorava. Um dia, quando fui para viagem, deu-lhe tanto comer que estragou a água e os peixes morreram. Quando cheguei de viagem contou-me pesaroso o sucedido. Sosseguei-o e pus o aquário de novo a funcionar com novos peixes que duraram até que um dia mudamos de casa de Carcavelos para Viana do Castelo e levamos connosco o aquário vazio com a intenção de o voltar a montar. Isso não foi possível por diversos motivos, em especial por que não havia nessa altura comercialização de peixes de aquário em Viana do Castelo. Um dia fui ao sótão onde encontrei o aquário vazio e lembrei-me fazer uma pintura de peixes tropicais, a que chamei "delicados" por que de facto o são e ofereci este quadro ao meu filho.
QUADRO 20
SR. AGOSTINHO
Óleo s/madeira - 40X30
2004-02-28
Este quadro foi oferecido ao meu amigo Carlos Alberto Vieira, pelos anos dele em sinal de homenagem ao pai, Sr. Agostinho Vieira. Trata-se de um retrato baseado na fotografia a preto e branco extraída do Livro de Matrículas dos Pilotos da Barra do Porto de Viana do Castelo, onde ele foi piloto e chefe de Departamento quando ingressei nos pilotos da barra de Viana do Castelo. Foi o primeiro e único retrato que pintei. A técnica do retrato não é fácil, é preciso ter o dom de captar a expressão e dar-lhe forma que ainda é mais dificil.
QUADRO 23
MALMEQUERES
Óleo s/tela - 150X90
2004-07-06
Feito a pedido da minha filha para emoldurar uma parede da casa dela. Confesso que foi o quadro que mais me custou a pintar porque não me motivou absolutamente nada e cada pincelada que dava tinha a sensação que não se enquadrava. A muito custo e ao fim de muito tempo consegui acabar o quadro que ela gostou, mas que a mim nada me disse.
QUADRO 24
BAIXA MAR
Óleo s/tela - 90X70
2004-07-20
Esta policromia de cores que se verifica na baixa-mar de uma zona rochosa como é a Praia Norte em Viana do Castelo, inspirou-me a pintar este tema que mais parece um quadro de natureza abstracta mas não é, é real.
QUADRO 25
MEDUSA
Óleo s/tela - 90X70
2004-08-
Quando andava em viagem, especialmente quando ia para África, na zona do Senegal, lembro-me de ver à tona de água, uma espécie de meias luas de cõr violeta pálido que deslizavam ao sabor do vento - eram aquilo a que os navegadores portugueses baptizaram de " caravelas portuguesas" por se assemelharem às caravelas. Nessa altura, não sabia que se tratava de uma colónia flutuante de pólipos urticantes com configuração diferente( poliformismo) e se assemelham à medusa e albergam normalmente um peixe do género Nomeus que é imune ao tóxico exalado pelo celenterado( medusa).
Exposição realizada no Solar do Alvarinho em Melgaço
Estes e outros quadros estiveram expostos durante o mês de Maio de 2005 no Solar do Alvarinho em Melgaço a pedido desta Associação de Produtores de Vinho Alvarinho da Sub-região de Melgaço-Monção.