Blog que retrata os acontecimentos do mar e porto de Viana e arredores, nos bons e maus momentos, dos pequenos aos grandes senhores.

23
Jan 15

 

Mais uma vez o Alto Minho ficou de fora no plano de investimentos da estradas de Portugal para o quinquénio 2015-20. A região do Alto Minho é uma das mais pobres da Europa e menos dotada em termos rodo-ferroviários.

Os acessos rodoviários ao porto de mar de Viana do Castelo, há décadas prometidos por diversos governos, não passaram do papel. Não existe a nível nacional uma estratégia para o desenvolvimento desta região, que se vai desertificando cada vez mais, apesar de ficar situada na orla litoral, com todas as condições para se tornar numa plataforma logística estratégica entre Portugal e a Galiza.

Por vezes, passa-me pela cabeça que existe um estratagema montado, para desviar investimentos previstos e devidos para esta região, para outras regiões concorrentes em termos estratégicos e geográficos. Existem lobies muito poderosos e influentes que conseguem mover obstáculos à partida intransponíveis e já decididos, que voltam atrás.

Ultimamente, e por constrangimentos políticos, a região Alto Minhota, mais uma vez não foi contemplada com as estruturas necessárias ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida dos residentes. A maioria dos que por cá nasceram, amam a sua terra como nenhuns outros, mas ao contrário do slogan, não ficam, por que não têm condições para sobreviverem e voltam pela Agonia numa romagem de saudade e nada mais.

Os políticos, antes de tomarem decisões, que jogam com a sobrevivência das populações, devem pensar profundamente nas consequências desastrosas decorrentes da leviandade dessas posições.

Santa Luzia (44).JPG

 

O que aconteceu recentemente dos dois lados da barricada foi um medir forças desnecessário, com perda para as populações, sem atender ao interesse geral, como ficou demonstrado pela injusta decisão agora tomada relativamente à não atribuição de verbas que promovam a coesão do território e garantam a sustentabilidade económica e social, em favor de outras regiões mais desenvolvidas.

Por natureza não tenho jeito para a política e nem gosto de comentar as atuações dos políticos, mas há atitudes que alguns políticos tomam que me desiludem e me deixam descrente. A sensibilidade e humildade para reconhecer a perda, são dois fatores, para mim, muito importantes em qualquer registo de vida. Por outro lado, a arrogância e o cinismo enojam-me e revoltam-me.

Existem nos verdadeiros políticos outros predicados que os diferenciam positivamente e os levam a conseguir resultados insondáveis que se transformam em potencialidades jamais imaginadas e benéficas para as populações. Esses políticos não fazem alarde, exigem sem afrontar, sempre tendo em mente o objetivo que os move – o interesse dos eleitores.

Infelizmente, a política descambou para um poço sem fundo, donde dificilmente sairá, a menos que uma cheia de boas práticas democráticas a venha libertar do atoleiro de insanidades que em nome da liberdade se têm cometido.

Esta divagação, vem a propósito da injustiça cometida com o corte de verbas, que devia ter sido atribuído para a construção dos acessos ao Porto de Mar (depois de todo o trabalho de expropriações) e que com a resolução recente de integrar o porto de Viana do Castelo no porto de Leixões, parece estar integrado numa concertação já previamente definida, que acaba definitivamente com qualquer veleidade.

É um preço demasiado elevado a pagar pelas gerações vindouras, fruto de arrufos entre políticos, desprezando os superiores interesses das populações desprotegidas, únicos perdedores neste contexto trágico-cómico.

A conjugação destas duas efemérides tão nefastas para Viana do Castelo, arruma definitivamente com o porto de Viana do Castelo, transformando-o ainda mais num caixote de lixo, para onde vai só aquilo que não presta. Adeus Porto de Mar…

Viana do Castelo, 2014-12-14

Manuel de Oliveira Martins

maolmar@gmail.com

publicado por dolphin às 14:44
tags: ,

01
Set 13

Esta manhã entrou no porto de Viana do Castelo o navio de passageiros «Minerva» numa visita curta de algumas horas.

Arredado das lides marítimas há alguns anos, mantenho ainda o «bichinho» que, quando vejo um navio a manobrar, não resisto à tentação de tirar umas imagens para mais tarde recordar.

Faltava-me a máquina que por hábito costumo trazer no carro para registar acontecimentos, pessoas, paisagens, etc., que me chamam à atenção. Na falta dela serviu o telemóvel com o qual tirei as imagens que vos mostro e que não são de grande qualidade mas servem para ilustrar o texto que escrevo.

 

 

 Enquanto tirava as fotografias lembrei-me duma ideia antiga que me ocorreu, ainda Leixões nem sonhava com os cruzeiros e o terminal, precisamente quando o navio «Funchal» veio em visita a Viana do Castelo. Já lá vão mais de dez anos, seguramente.

A ideia era simples e viável. Incentivar a vinda de pequenos paquetes, até 180 metros de comprimento, durante os meses de Verão, numa parceria de autoridades portuárias, municipais, regionais, envolvendo os agentes de viagens o turismo e o comércio, numa operação integrada.

 

 

 

As potencialidades são muitas, precisam de ser bem divulgadas e exploradas. Numa primeira fase pode ser aproveitado o cais comercial para arranque do serviço. Posteriormente, e num curto prazo, (1, 2 anos no  máximo) a construção de um cais na margem direita, como estava previsto no projeto inicial do porto de Viana do Castelo.

 

 

 

 

Viana do Castelo merece e precisa que o poder central e as autoridades regionais e locais se interessem pelo aproveitamento das potencialidades existentes em belezas naturais, gastronomia, arquitetura, arqueologia e qualidade ambiental.

As carências da região, a todos os níveis, teem de ser olhadas na perspetiva de melhoria de vida das populações locais, sem a qual não é possível fixar as pessoas a que o êxodo para outras paragens vai cada vez mais empobrecendo.

 

Leixões está a ser dotado de um terminal de cruzeiros que vai custar mais de cem milhões de euros, Portimão vai aumentar o cais para receber mais navios de cruzeiros e em Lisboa vai ser feito um monumental terminal de cruzeiros em Santa Apolónia.

Um cais na margem direita do rio Lima, (na zona do atual pontão de embarque/desembarque dos «ferries») simples e aberto, para deixar as correntes fluirem livremente, não seria muito dispendioso.

Apelo a todos, em especial às autoridades interessadas no desenvolvimento sustentado desta bela região (Alto Minho) para que deem as mãos e, paralelamente à implementação deste serviço, exijam ao poder central a feitura desse cais que há muito devia ter sido construído.

 

 

 

 

 

publicado por dolphin às 17:43

28
Out 12

Conheci o Dr. Manuel Luciano da Silva por volta de 1958 quando apresentou, no velho cinema de Vale de Cambra, o documentário sobre a Pedra de Dighton. Eu frequentava o 1.º ano  do ensino secundário no Externato Cambrense, quando os alunos do colégio foram em peso assistir à passagem do filme de 8 mm, no improvisado cinema que funcionava numa parte do rés do chão da Pensão Cambrense, contígua à antiga escola primária.

 

 

 

Para mim, adolescente serrano de Cavião, o cinema era uma novidade, o mesmo não acontecia com os urbanos da vila, para quem era um hábito frequentar as sessões cinematográficas de domingo à tarde, as chamadas «matinées».

Recordo, como se fosse hoje, esse meu primeiro contacto com o audiovisual e o assunto ficou para sempre registado na minha memória.

Anos mais tarde, em 1972, já imediato de  um navio de pesca que operava nos mares do Sudoeste Africano, através do meu primo Abel de Oliveira Aguiar, fui presenteado com um exemplar do livro original, escrito em língua inglesa, «Portuguese Pilgrims and Dighton Rock», com uma dedicatória amável do Dr. Manuel Luciano da Silva. O mesmo viria a suceder com o livro de sua autoria «A electricidade do amor» e, pessoalmente, numa conferência que deu na Escola Secundária Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis, em 29 de março de 2002, e que tive o previlégio de assistir, ofereceu-me e escreveu uma dedicatória honrosa na publicação «As verdadeiras Antilhas: Terra Nova e Nova Escócia».

 

 

Foi com grande orgulho que assisti à inauguração, em Cavião, das instalações da Associação Dr. Manuel Luciano da Silva, que prestigia a terra que o viu nascer e de que se orgulhava.

Comunicávamo-nos pela Internet, através do correio eletrónico, e a última vez que estivemos juntos foi no Porto, por ocasião do lançamento do livro «Cristóvão Colon[Colombo] era Português», no dia 3 de Junho de 2006, que escreveu em coautoria com a esposa D. Sílvia Jorge.  Revi-o no filme  de Manuel de Oliveira, «Cristóvão Colombo, o Enigma», apresentado em Macieira de Cambra.

Foi com profunda tristeza que recebi a fúnebre notícia que o meu amigo Adolfo Coutinho me enviou por mail. Não queria acreditar. Depois de introspetivar os momentos  de proximidade e comunhão, que acabo de narrar, decidi, em jeito de homenagem, publicitar essas minhas vivências com um dos mais importantes cambrenses e, seguramente, com o cavionense mais ilustre, que na diáspora cimentou com altruísmo e inteligência, uma conduta invulgar na ciência e na investigação, em paralelo com uma vida repleta de humanidade e solidariedade.

Paz à sua alma.

Viana do Castelo, 2012-10-23

Manuel de Oliveira Martins

publicado por dolphin às 22:00

10
Jul 11

No  ano  de 1858, reinava em Portugal D. Pedro V, quando o ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, Fontes Pereira de Melo, encomendou ao engenheiro Manuel Afonso Espregueira, o estudo do caminho de ferro de Viana a Vigo. Vivia-se um período de euforia liberal, assente na criação de infra-estruturas de transporte, que cimentavam o mercado capitalista.[1]

No início de 1858 Viana estava repleta de obras, desde as obras do porto e barra, à estrada de Viana a Caminha, a colocação de postes telegráficos de Lisboa à Galiza, vinha-se juntar mais o estudo da ligação por caminho de ferro de Viana a Vigo, sem dúvida uma obra de vulto extremamente importante para o desenvolvimento do Alto Minho.

Não se podia dizer que esta parcela periférica de Portugal tivesse sido esquecida do todo nacional. Havia da parte dos governantes da altura uma visão estratégica de conjunto que passava pelas acessibilidades ferroviárias e ligação às redes internacionais como forma de penetração nos mercados europeus, desenvolvendo as vias de transporte marítimo (melhorando os portos) e ferroviário (construindo linhas de caminho de ferro interligadas com as congéneres europeias, neste caso a espanhola).

 

 

Notícia do jornal «A Aurora do Lima» de 01-04-1867

 

 

Este estudo sómente viria a ter concretização 20 anos mais tarde após a construção em 1878 da Ponte Eiffel sobre o Rio Lima e a ligação a Tui.

___________________________________________________

 

Passados cerca de 130 anos sobre este empreendimento digno de realce para a época, e fazendo uma análise sobre o impacto sócio-económico que teve na região Alto Minhota, leva-nos a concluir que esta infra-estrutura potenciadora de desenvolvimento, não foi suficientemente aproveitada para trazer às populações residentes na área de influência, um incremento de desenvolvimento na região que permita assegurar a sua sustentabilidade em termos de frequência, que o mesmo é dizer em razão económica.

A política estratégica de transportes  tem sido ao longo dos anos esquecida pelos diversos governos, sendo o transporte ferroviário (o menos poluente), o mais penalizado e abandonado, em detrimento do transporte rodoviário (o mais poluente), ao contrário de outros países da União.

Esta política incongruente em que por um lado se pretende combater a poluição, e até se criou um Ministério do Ambiente, e por outro lado se constroem (a torto e a direito) autoestradas e se fecham troços do caminho de ferro, pretende, numa visão economicista fechar mais um troço e, por outro lado, defende a ligação por TGV, é incompreensível.

Os meios de transporte visam a mobilidade de pessoas e bens (mercadorias). Não é aconselhável dissociar as pessoas dos meios de transporte. Este tem de ir ao encontro das necessidades daquelas sob pena de não cumprir a missão para que foi criado. O distanciamento, a falta de ofertas atractivas das populações, a modernização das linhas, são alguns dos factores que teem influído na pouca afluência e no desinteresse das populações nesse tipo de transporte, a que não é alheio outro tipo de oferta mais rápido e mais eficiente como é o rodoviário, alimentado e fomentado por interesses que ultrapassam o querer e sentir dessas mesmas populações que assim se veêm forçadas a recorrer a este.

Não admira pois, que a linha do Minho, não tenha tido o desenvolvimento sócio-económico para a região que os seus mentores esperavam. Manuel Espregueira, o autor do estudo e de outros, como o Porto artificial de Leixões, jamais pensou que um dia esta linha viria a ser alvo de extinção, fruto da falta de programação adequada e inovadora da sua utilização por parte dos gestores da mesma ao longo dos tempos deixando que ficasse moribunda e apontando como única solução o fecho.

Os leitores mais atentos dirão que não se trata de fechar a linha do Minho, mas o troço de Tui a Vigo, que é em território espanhol. De facto têm razão, mas este é um passo para justificar o restante, invocando como sempre o factor económico em detrimento do humano.

 

 [1] Homem, Amadeu Carvalho; D. Pedro V, in História de Portugal dos tempos pré-históricos aos nossos dias, obra dirigida por João Medina

publicado por dolphin às 17:02

25
Jun 11

Até quando continuaremos a ver imagens como estas? ... até quando ...

 

 

 

 

Como estas, muitas outras fotografias que ao longo dos anos fomos tirando, preservando um património visual que os vianenses tanto estimam e se habituaram a visualizar diáriamente.

Com as recentes notícias, nada animadoras, quanto ao futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, interrogamo-nos até quando será possível manter estes quadros vivos que registam a actividade desta indústria de construção naval que remonta aos meados do século passado (1944).

De quem é a culpa? Não sabemos e certamente não haverá ninguém que o possa afirmar em concreto. Pouco importa agora descobrir ou atribuir culpas a A, B, ou C. É tempo perdido. O que importa agora, e já, é encontrar uma solução que viabilize duma vez por todas, sem remendos, o barco que está a afundar-se. Quem anda no mar sabe que por vezes é necessário deitar carga ao mar para salvar o navio de naufragar, é custoso ter de o fazer, mas é melhor do que irem todos para o fundo. A menos que se queiram tornar todos em heróis, o que duvido.

A indústria de construção naval é ingrata, porque incerta. Tem picos. Sempre assim foi e sempre assim será. Neste momento, no Ocidente, está a atravessar uma crise, derivado à concorrência dos países asiáticos. Esta situação não vai durar eternamente, é necessário adaptar as estruturas para suportar esta fase. Tempos melhores virão, depois de se estabelecer o equilíbrio que a globalização da economia mundial gerou. Até lá é necessário que todos, mas mesmo todos(patrões e operários, governantes e cidadãos), deêm as mãos no sentido de gerarem um consenso para definirem qual é a carga que cada um tem que atirar ao mar para salvar o barco. Se assim não procederem, adeus Estaleiros Navais, adeus país. Ficaremos apenas com as memórias das fotografias que tiramos...

 

publicado por dolphin às 16:17

20
Ago 09

 

Começam hoje dia 20 de Agosto de 2009 as festividades em honra da Senhora D'Agonia na cidade de Viana do Castelo, recheadas de um vasto e atractivo programa e estendem-se até ao dia 23 com a Maravilhosa Serenata no Rio Lima, sessão de fogo de artificio sem comparação em Portugal.

 

 

Cartaz da Romaria d'Agonia de 2009, emoldurado com duas caras bonitas da mulher Vianesa, a mais jovem é Eliana Gigante Amorim, que está vestida à Mordoma, envergando um traje pertença da Exma. Sr.ª D. Maria de Lurdes Borkenstein, à guarda do Museu do Traje. Em segundo plano Sara Maria Araújo Marques da Silva Gorito, representa a "mulher da nossa ribeira".

 

 

Na primeira rotunda na entrada de nascente da cidade, um coração monumental de Viana anuncia e indica as Festas da Sr.ª D'Agonia

 

 

A Alameda da Sr.ª D'Agonia está majestosamente engalanada e emoldurada com motivos alusivos ao folclore Minhoto que domina toda a romaria, como se pode ver nas fotos acima e abaixo.

 

 

 

As ruas estão decoradas, muitas delas ao gosto dos comerciantes ou moradores como é o caso da rua da Bandeira que vemos acima, engalanada com lenços típicamente à moda do Minho. Outras como a Avenida dos Combatentes abaixo, principal artéria por onde desfilam os cortejos e procissões, está ladeada de bancadas para que as pessoas possam presenciar os desfiles maravilhosos de cor e euforia dos inúmeros participantes.

 

      

 

 

Viana é assim alegria,

luz, cor, som, euforia

 

publicado por dolphin às 02:34
tags:

10
Mai 09

A carranca ou cara feia foi em tempos remotos utilizada na proa das embarcações pelos romanos,egípcios, fenícios e gregos como forma de afugentar o mau olhado e os espíritos maus.

As carrancas tem normalmente a forma de cabeças humanas ou de animais, esculpidas em madeira e colocadas na proa da embarcação, daí o nome de cabeça de proa.

No Brasil constituia uma espécie de publicidade primitiva como forma de atrair a curiosidade da gente das fazendas.

Também no rio São Francisco os índios utilizavam-na na proa das embarcações.

Os navios de vela utilizam-na na proa colocada no extremo do beque por baixo do pau da bojarrona - espécie de mastro horizontal que suporta a vela com o mesmo nome.

Nas embarcações de pesca, em alguns portos, ainda se usa a tradição de colocar nas amuras, talvez como reminiscência desses costumes antigos e também como forma de simbolizar e distinguir uns dos outros no alto mar, simbolos e siglas ao gosto de cada um.

Assim encontramos os mais diversos símbolos; emblemas de clubes, santos, rosas do vento, âncoras, faróis, etc.

Nas fotos que inserimos podemos ver esses significados representados nas amuras, embora em alguns também estejam representados na chaminé.

 

 EMBLEMAS DE CLUBES

 

 

ÂNCORAS

 

 

SIGLAS

 

 

ROSA DOS VENTOS

 

 

DIVERSOS

 

 

 

 

 

publicado por dolphin às 21:38
tags:

28
Jun 08

Estão a decorrer durante este ano os festejos comemorativos dessa efeméride histórica que foi a atribuição do foral à povoação da Foz do Lima, em 18 de Junho de 1258, dando-lhe o nome de Vianna.

 

Um aspecto da mesa - Da esq. p. a dir. - Frei João; Dr. Defensor Moura; Dr. Inácio Rocha (falta o fotógrafo Vitor Roriz que chegou mais tarde)

 

Dentro das diversas festividades e eventos," As Edições Comemorativas" num total de 18, constituídas por um selo do dia, um postal da autoria de um fotógrafo da cidade e uma medalha e azulejo de um monumento  da cidade, são dignas de realce pelo conhecimento e aprofundamento histórico dos eventos.

 

O postal comemorativo da autoria de Vitor Roriz

 

No dia 26 tive o prazer e a possibilidade de assistir a uma dessas sessões, realizadas na sala dos terceiros do secular Convento do Carmo ( a celebrar no dia 1 de Julho próximo 390 anos de fundação), sobre a estátua de D. Afonso III, situada na praça com o mesmo nome, na entrada da cidade, em lugar privilegiado, como referiu o orador encarregado de fazer a dissertação histórica do monumento, o dr. Manuel Inácio Rocha.

 

A medalha comemorativa

 

O azulejo comemorativo da autoria de NÉZÉ

 

O evento realiza-se todas as últimas quintas feiras de cada mês e é aberto ao público em geral. A Agenda Cultural publica mensalmente as datas e locais onde se realizam os eventos. Consulte o site http://www.cm-viana-castelo.pt

publicado por dolphin às 01:21
tags:

21
Jan 08
O rio Lima (Limia para os espanhóis) nasce na aba ocidental da serra de S. Mamede, na fonte Talariño.
 
Esta foi a conclusão a que cheguei no dia 20 de Janeiro de 2008, quando resolvi comemorar os 750 anos do foral de D.Afonso III, com a subida à nascente do rio Lima, numa romagem às origens.

 

Local onde foi encanada a água para a aldeia

 

 

Córrego por onde a água escorre

 

Não foi fácil a descoberta do local. Após duas tentativas, só à segunda consegui encontrar um aldeão do pueblo de Paradiña que me explicou que a nascente do rio estava canalizada para abastecimento da aldeia e a origem resumia-se às sobras que no Inverno transvazavam e escorriam pelo córrego que se formou  ao longo de milénios.

 

Um rego d'água

Na aldeia rural do Couso, cerca de um quilómetro para jusante, fruto das escorrências de várias nascentes que dos pequenos córregos confluem, o Limia é já um rego de água significativo, para, no sopé da serra, no encontro com a planície, se transformar num rio com um caudal que lhe permite vencer a imensa planura com cerca de 20 quilómetros de extensão até à ponte de Liñares, onde começa a apertar o cerco montanhoso que daí até Ponte da Barca o transforma num rio de montanha, para voltar a ser novamente um rio de planície até à foz.

 

Um rio com um caudal que lhe permite vencer a planura

 

 

A imensa planície com cerca de 800 Km2

 

 

 Embalse de las Conchas

 

Lamento que não haja uma indicação precisa do local. Estamos em ano de comemorações, talvez não fosse má ideia, com a anuência das autoridades locais espanholas, colocar uma indicação da origem do rio que vem desaguar na nossa cidade depois de ter percorrido cerca de 170 quilómetros.
 
publicado por dolphin às 22:56
tags:

Agosto 2017
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11
12

14
15
16
17
18
19

20
21
22
23
24
26

27
28
29
30
31


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO